Egas Francisco Sampaio de Souza, um dos artistas contemporâneos mais respeitados entrou em seu octogésimo ano e presenteia a região com a abertura de seu atelier-casa para mostrar todo o seu acervo. São obras antigas e muitas inéditas criadas especialmente para o evento que abre as comemorações de oito décadas de paixão pela arte e pela vida.

O projeto EGAS80 se iniciou no dia 15 de dezembro e vai estender-se durante 2019 mostrando mais um pouco do genial artista em várias capitais do País e do exterior.

A abertura foi movimentada e nós fomos conferir!

 

Egas Francisco Sampaio de Souza nasceu em São Paulo, em 1938. Filho da artista plástica baiana Maria de Lourdes Muniz Sampaio de Souza muda-se para Campinas aos 7 anos e ambos se adotam: a Cidade a ele e ele a Cidade. 

Egas já apresentou sua arte em importantes locais de Stuttgart, Milão, Frankfurt e Amsterdã, tem obras em importantes coleções particulares da Europa, das Américas e em acervos de museus e pinacotecas ao redor do mundo. Participa de inúmeras exposições – individuais e coletivas – no País e no exterior. 

O nível de produtividade de Egas sempre foi tão alto como sua capacidade de interpretar de forma imagética. Quando ele pinta um rosto, traz junto aos traços a alma e a personalidade da pessoa. E ama a luz solar, que busca todos os dias nos primeiros momentos da aurora, pois precisa dela para produzir intempestivamente.

“Egas Francisco é um desafio, de grande criatividade, técnica surpreendente, de uma densidade humana, um subjetivista”, diz o escritor Regis de Moraes. Alguém um dia lhe pergunta: ‘Você vive de Arte, Egas?’ e o artista responde: ‘Não, a arte vive de mim’, e determina: ‘A arte não significa, a arte é’.

“A ideia principal do evento de abertura do projeto EGAS80 é possibilitar que todos possam ter uma obra de Egas: ele produziu aquarelas em formatos menores, assim, estas obras têm preço acessível. É um momento de a Cidade valorizar este talento incomparável”, diz a produtora artística e curadora Ligia Testa. E complementa: ‘trabalhar em meio às obras e ao pensamento dele nos tem levado a outros patamares do conhecimento, da interpretação. A equipe toda se embebeda deste mar de cores vulcânicas’.

 

Fotos: Paulo Fleury / Circuito Fechado